domingo, 11 de outubro de 2009

A PREGAÇÃO FIEL DA SÃ DOUTRINA




Haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas”.

2 Timóteo 4.3-4

Vivemos em uma época em que a injustiça e o engano têm imperado em meio à sociedade. Nem mesmo a pregação do Evangelho escapou. Homens infiéis têm pregado sermões distorcidos para atrair mais e mais pessoas as suasigrejas”. Freqüentemente Jesus é apresentado como alguém que vai satisfazer todas as necessidades e desejos dos homens, e pior, alguns dizem que Ele não exige nada do homem em troca, tornando a Graça de Deus, em graça barata, que não muda a vida do adorador. Muitos Pastores por medo de perderem as suas ovelhas, não confrontam mais os seus rebanhos, têm medo de serem mal interpretados e de perderem com isso o “emprego”.

A verdade é que a razão humana diz que os ouvintes têm que ser conquistados e precisam ouvir o que gostam, por isso falar de pecado está fora de “moda”, porque não ganha mais a simpatia do povo. Isso nos leva a triste conclusão: o que nós estamos precisando irremediavelmente é de sermões centralizados em Deus; de pregações centralizadas na mensagem do texto bíblico, não de sermões feitos para agradar a homens. Por isso é necessário pregações que sejam centralizadas na pessoa de Cristo, em sua vida e obra. É necessário pregações que contemplem o confronto ao pecado e dêem ênfase na justificação pela em Cristo, pela graça somente sem obras ou méritos humanos. É necessário pregações que contenham declarações sinceras e explícitas que a espiritualidade começa com a regeneração, após o novo nascimento, e que somente pessoas que nasceram de novo e foram verdadeiramente regeneradas pelo Espírito Santo de Deus é que podem realmente se santificar, crescer espiritualmente e ter comunhão íntima com Ele. É necessário pregações que façam os homens entender que a santificação ocorre de forma progressiva e é representada pelo abandono dos hábitos do mundo (Rm 12.2) para imitar a Jesus Cristo, pois Ele é o paradigma da vida cristã não nenhum outro homem, por mais belo que seja o seu testemunho. Jesus é quem deve ser pregado sempre! Ele é o motivo do sermão, do culto e da vida dos adoradores, o resto são as demais coisas (Mt 6.24-34). É necessário pregar assim porque quando pregamos a sã doutrina somos honrados pelo Espírito Santo e este, por sua vez, aplica na vida dos eleitos a salvação e a santificação sem a qual ninguém verá a Deus (Hb 12.14). É necessário pregar assim porque dessa forma encontraremos as pessoas que desejam adorar a Deus em espírito e em verdade (Jo 4.23) e querem desfrutar verdadeiramente da sua comunhão.

Contudo, devemos estar cientes de que quando pregarmos assim muitos não ouvirão a nossa pregação, porque sentirão coceira nos ouvidos e buscarão outros que preguem sermões água com açúcar, os quais agradem aos seus corações corruptos e desejosos de riqueza e de prosperidade material. O deus destes é o próprio ventre.

Os que pertencem ao Senhor Jesus são diferentes, estes suportam a pregação da sã doutrina porque nela reconhecem a voz do bom Pastor e se deliciam em ouvi-lo falar (Jo 10.27) ficando desejosos de fazer a sua vontade e viver para Ele e não mais para si mesmos. Devemos estar cientes também de que pregando assim talvez as nossas igrejas não cresçam tão rápido (ou mesmo nem cresçam), mas se crescerem será pela vontade soberana de Deus e não por meios humanos, psicológicos ou emocionais. Ao crescer essa igreja não será um inchaço ondeapenas sangue morto como num hematoma, será sim uma Igreja viva e pulsante cheia do Espírito e da presença do Deus Vivo. Lembrem-se disso!

Portanto, sejamos fiéis a pregação da sã doutrina da Palavra, cientes de que quando pregamos dessa forma em nossos púlpitos estaremos fazendo a vontade de Deus em Cristo, pregando a sua Verdade como arautos do Seu Reino.

Ao Cordeiro seja a Glória!