“Haverá tempoem que não suportarão a sã doutrina; pelocontrário, cercar-se-ão de mestressegundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceiranosouvidos; e se recusarão a darouvidos à verdade, entregando-se às fábulas”.
2 Timóteo 4.3-4
Vivemos em uma épocaem que a injustiça e o engano têm imperado emmeio à sociedade. Nemmesmo a pregação do Evangelho escapou. Homens infiéis têm pregado sermões distorcidos paraatrairmais e maispessoas as suas “igrejas”. Freqüentemente Jesus é apresentado comoalguém que vai satisfazer todas as necessidades e desejos dos homens, e pior, alguns dizem que Elenão exige nada do homememtroca, tornando a Graça de Deus, emgraçabarata, que nãomuda a vida do adorador. MuitosPastorespormedo de perderem as suasovelhas, não confrontam mais os seusrebanhos, têm medo de serem mal interpretados e de perderem com isso o “emprego”.
A verdade é que a razãohumana diz que os ouvintes têm que ser conquistados e precisam ouvir o que gostam, por isso falar de pecado está fora de “moda”, porquenãoganhamais a simpatia do povo. Isso nosleva a tristeconclusão: o que nós estamos precisando irremediavelmente é de sermões centralizados emDeus; de pregações centralizadas na mensagem do texto bíblico, não de sermõesfeitosparaagradar a homens. Por isso é necessáriopregações que sejam centralizadas na pessoa de Cristo, emsuavida e obra. É necessáriopregações que contemplem o confronto ao pecado e dêem ênfase na justificaçãopelaféemCristo, pelagraçasomentesemobrasouméritoshumanos. É necessáriopregações que contenham declarações sinceras e explícitas que a espiritualidadecomeçacom a regeneração, após o novo nascimento, e que somentepessoas que nasceram de novo e foram verdadeiramente regeneradas peloEspíritoSanto de Deus é que podem realmente se santificar, crescerespiritualmente e tercomunhãoíntimacomEle. É necessáriopregações que façam os homensentender que a santificação ocorre de formaprogressiva e é representada peloabandono dos hábitos do mundo (Rm 12.2) paraimitar a Jesus Cristo, poisEle é o paradigma da vida cristã nãonenhumoutrohomem, pormaisbelo que seja o seutestemunho. Jesus é quem deve ser pregado sempre! Ele é o motivo do sermão, do culto e da vida dos adoradores, o restosão as demaiscoisas (Mt 6.24-34). É necessáriopregarassimporquequando pregamos a sã doutrina somos honrados peloEspíritoSanto e este, porsuavez, aplica na vida dos eleitos a salvação e a santificaçãosem a qualninguém verá a Deus (Hb 12.14). É necessáriopregarassimporque dessa forma encontraremos as pessoas que desejam adorar a Deusemespírito e emverdade (Jo 4.23) e querem desfrutar verdadeiramente da suacomunhão.
Contudo, devemos estarcientes de que quando pregarmos assimmuitosnão ouvirão a nossapregação, porque sentirão coceiranosouvidos e buscarão outros que preguem sermõeságuacomaçúcar, os quais agradem aos seuscoraçõescorruptos e desejosos de riqueza e de prosperidade material. O deus destes é o próprioventre.
Os que pertencem ao Senhor Jesus sãodiferentes, estes suportam a pregação da sã doutrinaporque nela reconhecem a voz do bomPastor e se deliciam em ouvi-lo falar (Jo 10.27) ficando desejosos de fazer a suavontade e viverparaEle e nãomaisparasimesmos.Devemos estarcientestambém de que pregando assimtalvez as nossas igrejasnão cresçam tãorápido (oumesmonem cresçam), mas se crescerem será pelavontadesoberana de Deus e nãopormeioshumanos, psicológicosouemocionais. Ao crescer essa igrejanão será uminchaçoonde há apenassanguemortocomo num hematoma, será sim uma Igrejaviva e pulsante cheia do Espírito e da presença do DeusVivo. Lembrem-se disso!
Portanto, sejamos fiéis a pregação da sã doutrina da Palavra, cientes de que quando pregamos dessa formaemnossospúlpitos estaremos fazendo a vontadede DeusemCristo, pregando a suaVerdadecomoarautos do SeuReino.