Algumas pessoas têm me perguntado o porquê desta foto no meu blog, aqui respondo.
Mais do que o local do relógio Bigben, marcapostal de Londres, este é o Palácio de Westminster também conhecido como Casas do Parlamento, (em inglês Houses of Parliament) é o local onde estão instaladas as duas Câmaras do Parlamento do Reino Unido (a Câmara dos Lordes e a Câmara dos Comuns). O palácio fica situado na margem Norte do Rio Tamisa, no Borough da Cidade de Westminster próximo de outros edifícios governamentais ao longo da Whitehall. onde se encontra a Abadia de Westminster. Umlocal importantíssimo para a reforma protestante, principalmentepara os de confissão reformada calvinista. Pois foi neste local que reuniu-se a Assembléia de Westminster. Lá foram redigidos a ConfissãoFé de Westminster, assimcomo os documentosCatecismosMaior (1648), BreveCatecismo (1647) e o Diretório de Culto.
A Assembléia de Westminster foi organizada porteólogos e civis reunidos na Abadia de Westminster, Inglaterra, por convocação do ParlamentoBritânico. Esta assembléia reuniu-se de 1 de junho de 1643 a 22 de fevereiro de 1648[1]. A Assembléia foi aberta no sábado, 01/07/1643, quando pregou o Dr. William Twisse (1575-1646), que iria ser o moderador da Assembléiaaté a suamorteemjulho de 1646 quando foi substituído por Mr. Herle, ele baseou o seusermão no Texto de Jo 14.18, "Nãovos deixarei órfãos, voltarei paravós".
A Assembléia funcionou realizando 1163 sessõesregulares, semcontar as inúmeras reuniões de comissões e subcomissões[2].Trabalharam na elaboração da Confissão, 121 teólogos e trinta leigos nomeados peloParlamento, a saber: 20 da Casa dos Comuns e 10 da Casa dos Lordes feitaem 12/06/1643); e, também 8 representantes escoceses, quatropastores e quatropresbíteros – sendo que dois deles nunca tomaram assento[3] – que, mesmosemdireito a voto, exerceram grandeinfluência. (nomeação
Os principaisdebates desta Assembléianão foram de ordemteológica, já que praticamente todos eram Calvinistas, massim no que se refere ao governo da Igreja. Neste particular havia quatropartidosEpiscopais: James Ussher (1581-1656), Brownrigg, Westfield, Prideaux; Presbiterianos: T. Cartwright (1535-1603), Walter Travers representados; os (1548-1635), etc.; Independentes: (Congregacionais) T. Goodwin (1594-1665); P. Nye (1596-1672); J. Burroughs (1599-1646), W. Bridge (1600-1670), S. Sympson; Erastianos: Assim chamados por seguirem o pensamento do T. Erasto (1524-1583), que defendia a supremacia do Estadosobre a Igreja, J. Selden (1584-1654), Whitelocke, J. Lightfoot (1602-1675). Prevaleceu, no entanto, o sistemaPresbiteriano de Governo.
O BreveCatecismo foi elaborado parainstruir as crianças; O CatecismoMaior, especialmentepara a exposição no púlpito, ainda que nãoexclusivamente. Eles substituíram emgrandeparte os Catecismos e Confissõesmaisantigos adotados pelas igrejas Reformadas de fala inglesa. É importantelembrar que ambos os catecismossãoresumos da Confissão de Fé, elaborados parafinsdidáticos.
EstesCredos foram logoaprovadospelaAssembléiaGeral da Igreja da Escócia, a Confissãoem 27 de Agosto de 1647 e os CatecismosMaior e Breveem 28 de julho de 1648, sendo esteato homologado peloParlamento Escocês em 07 de fevereiro de 1749.Eles tiveram e têm uma grandeinfluência no mundo de fala inglesa, principalmenteentre os Presbiterianos, emboratambém tenham sido adotados por diversas igrejasbatistas e congregacionais[4].
Os documentos produzidos na assembléia foram de estremaimportânciapara a IgrejaProtestanteséculo XVI, pois o uso dos Catecismos e Confissões trouxe umparâmetrodoutrinalpara a fé e o culto das Igrejas Presbiterianas de derivação inglesa e escocesa emtodo o mundo. Reformada do estabelecido
É importantesalientartambém que já existiam confissõesanteriores a de Westminster, dentreelas[5]: Os Sessenta e SeteArtigos Zwinglianos (15 23), o CatecismoMaior de Lutero (1529), Confissão de Augsburg redigido por Felipe Melanchthon (1530), Confissão de Genebrafeitapor João Calvino e Farel (1536), Catecismo da Instrução na Fé (1537) catecismoescritopor Calvino poucodepois de se radicaremGenebra, A Confissão da Guanabara (1558) escritaporquatro huguenotes que faziam parte da França Antártica, A Confissão Galicana (1559) adotada pelaIgreja Reformada da França, A Fórmula de Concórdia (1577) elaborada por uma equipe de teólogosem 1577 como uma declaração aos Artigos da Confissão de Augsburgo, A Confissão Escocesa (1560) produzida a pedido do Parlamento Escocês comoparte da Reforma da Igreja e teve como participante da comissão o reformador John Knox, A Confissão Belga (1561) escritapor Guido de Brès que se tornou o documentooficial do Protestantismo Reformado Holandês, O Catecismo de Heidelberg (1563) principaldocumento da Igreja Reformada Alemã. Foi escritopor Zacarias Ursinus e Gaspar Olevianus a pedido do príncipe Frederico III, A SegundaConfissão de Fé Helvética (1564) escritapor Johann Heinrich Bullinger também a pedido de Frederico III, Os Cânones de Dort (1619) que foram redigidos peloSínodo de Dort que se reuniu em Dordrecht porautoridade dos EstadosGerais dos PaísesBaixos, Holanda, dentre outras. Contudo se estudarmos estas versões vemos que elas foram escritasemsuamaioriaporumúnicoautor, enquanto que a Confissão de Fé de Westminster foi feitapor 120 teólogos deferentes, de diversos paises, com o desejo de unificar a fé e culto Reformado.
A Confissão de Fé de Westminster compõe-se de 33 capítuloscujostemas podem serclassificados da seguinteforma: a EscrituraSagrada (Cap. 1), o Ser de Deus e suasobras (2-5), o pecado e a salvação (6-8), a Aplicação da obra da salvação (9-15), a Vida Cristã (16-21), o Cristão na Sociedade (22-24), a Igreja e os Sacramentos (25-29), a DisciplinaEclesiástica e os Concílios (30-31), e as Últimas Coisas (32-33).
Pronto! Matei a curiosidade.
Abraços.
[1] HODGE; Alexander, A Confissão de Fé Comentada, Ed. Os Puritanos,
São Paulo, 1999, p. 38.
[2] KERR, Guilherme; A Assembléia de Westminster, São Paulo, Ed. Fiel, 1984, p. 18.
tanto a abadia quanto a presbiteriana precisam de uma reforma verdadeira. Tanto doutrinariamente quanto no comportamento Cristão. Igrejas Presbiterianas e Anglicanas, muitas vezes são como as catolicas, falta espiritualidade e humildade até para reconhecer os seus erros. Sabe pastor muitas igrejas presb. não crescem porque parecem católicas. e essa questão de reverenciar demais os Pastores dando a eles o nome de reverendos e muitas vezes colocando os Diaconos e presbíteros em um grau superior e muito errado. Todos somos iguais perante Desus, apenas com funções diferentes. E muitas destas IgrejaS TEM QUE PARAR de querer se parecer com o catolicismo romano, atralvés do ecomenismo, do sectarismo e da maçonaria ! vasconcelosharoldo@terra.com.br
Haroldo, paz irmão, concordo com a necessidade de reforma nas igrejas, pois este é o lema da Reforma Protestante: "Ecclesia Reformata et Semper Reformanda Est". Essa deve ser uma verdade em toda a cristandade, sobre tudo na igreja evangélica moderna. Porque o problema não foi o catolicismo, mas sim o afastamento dos princípios bíblicos, apostólicos, se a igreja católica fosse fiel a Palavra e não a tradição não seria necessária a Reforma do século XVI. A Reforma Protestante marcou o retorno para a Escritura Sagrada, e é isso que devemos continuar a fazer... Quanto aos nomes dos "ofícios" ou se você preferir, serviço (diaconia). Os "ofícios" revelam aqueles que foram chamados pelo Espírito Santo para servir à Igreja, vemos isso facilmente no livro de Atos dos Apóstolos; Saulo, Barnabé etc.. No entanto, muitos se utilizam dos cargos para obter status e poder (Mt. 23.1-12), no entanto o que este oficio (presbítero, diácono, pastor) realmente significa é serviço ao corpo da igreja (Mt. 23.11). Haroldo, a igreja precisa de "cargos", liderança, seja qual for o nome que você queira dar a estes "cargos". O perigo está não nos nomes, mas nas pessoas que assumem estes "cargos" e como a instituição tem perpetrado essa autoridade... Não me acho melhor que minhas ovelhas, nem elas são melhores que o seu pastor, o que precisamos entender é que se servimos uns aos outros e se nos humilhamos a nós mesmos, achando os outros melhores do que nós faremos exatamente o que Jesus quer da Igreja: Que sirvam uns aos outros em amor, cada um exercendo o seu chamado e dom para glória de Deus. O resto é querela protestante! Abraços.
tanto a abadia quanto a presbiteriana precisam de uma reforma verdadeira.
ResponderExcluirTanto doutrinariamente quanto no comportamento Cristão.
Igrejas Presbiterianas e Anglicanas, muitas vezes são como as catolicas, falta espiritualidade e humildade até para reconhecer os seus erros.
Sabe pastor muitas igrejas presb. não crescem porque parecem católicas.
e essa questão de reverenciar demais os Pastores dando a eles o nome de reverendos e muitas vezes colocando os Diaconos e presbíteros em um grau superior e muito errado. Todos somos iguais perante Desus, apenas com funções diferentes.
E muitas destas IgrejaS TEM QUE PARAR de querer se parecer com o catolicismo romano, atralvés do ecomenismo, do sectarismo e da maçonaria !
vasconcelosharoldo@terra.com.br
Haroldo, paz irmão,
ResponderExcluirconcordo com a necessidade de reforma nas igrejas, pois este é o lema da Reforma Protestante: "Ecclesia Reformata et Semper Reformanda Est". Essa deve ser uma verdade em toda a cristandade, sobre tudo na igreja evangélica moderna. Porque o problema não foi o catolicismo, mas sim o afastamento dos princípios bíblicos, apostólicos, se a igreja católica fosse fiel a Palavra e não a tradição não seria necessária a Reforma do século XVI. A Reforma Protestante marcou o retorno para a Escritura Sagrada, e é isso que devemos continuar a fazer...
Quanto aos nomes dos "ofícios" ou se você preferir, serviço (diaconia). Os "ofícios" revelam aqueles que foram chamados pelo Espírito Santo para servir à Igreja, vemos isso facilmente no livro de Atos dos Apóstolos; Saulo, Barnabé etc..
No entanto, muitos se utilizam dos cargos para obter status e poder (Mt. 23.1-12), no entanto o que este oficio (presbítero, diácono, pastor) realmente significa é serviço ao corpo da igreja (Mt. 23.11).
Haroldo, a igreja precisa de "cargos", liderança, seja qual for o nome que você queira dar a estes "cargos". O perigo está não nos nomes, mas nas pessoas que assumem estes "cargos" e como a instituição tem perpetrado essa autoridade...
Não me acho melhor que minhas ovelhas, nem elas são melhores que o seu pastor, o que precisamos entender é que se servimos uns aos outros e se nos humilhamos a nós mesmos, achando os outros melhores do que nós faremos exatamente o que Jesus quer da Igreja: Que sirvam uns aos outros em amor, cada um exercendo o seu chamado e dom para glória de Deus.
O resto é querela protestante!
Abraços.