terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O SOFRIMENTO DO HOMEM: PECADO OU CRISE PSICOLÓGICA?

Salve amigos,

Estava sumido, mas estou no batente novamente. O motivo deste post é algo que me intrigou nesta tarde. Hoje terça feira de carnaval, não existe muito que fazer para um servo de Cristo, como não fui a nenhum retiro espiritual, nãopra evangelizar (a cidade está ás moscas) e eu fiz o meu devocional diário, então resolvi ligar a televisão. Mudando os canais percebi que estava sem muita escolha nos canais abertos. Fiquei no dilema entre as mulheres peladas das escolas de samba do Rio, as muitas pessoas cheirando Lança Perfume e beijando-se freneticamente no carnaval de Salvador e os loucos que se vestem da cabeça aos pés (num calor que faz o Saara parecer uma feliz sauna) do carnaval de Recife.

Mas graças a Deus pela TV a cabo!! Ao passar os canais vi a chamada do programa Oprah Winfrey Show (pense bem, total falta do que fazer). Oprah iria entrevistar o casal Haggard, Gayle e o Pastor Ted (esse mesmo, o que foi pego tendo um caso extraconjugal com um garoto de programa).

No referido programa Ted disse que ele esta muito melhor graças a “terapia” que esta fazendo e que após iniciá-la elenunca mais teve desejos compulsivos”, disse também que estava fazendo um tratamento dos “12 passospara resolver o problema, mas que ainda estava no início e por isso não estava “saradocompletamente.

Infelizmente o que vi foram pessoas tratando desejo lascivo, pecado mesmo, diagnosticando como problema médico ou psicológico. Essa é uma triste realidade do evangelicalismo moderno que precisa ser sanada. Pois pessoas que agem assim não sabem que nenhuma terapia vai resolver (no máximo pode ajudar) o que a confissão pública e o arrependimento podem restaurar; isso quer dizer que homossexualismo, drogas, gula, compulsão para comprar, por sexo, pornografia etc. Seja qual for o pecado! A chave para a libertação deve ser a confissão (Tg 5.16) e o arrependimento (Os 14.2; Lc 5.32; At 5.31, 11.18) e não a terapia.

Isso porque após confessarmos e nos arrependermos Deus nos conduz à verdade e ao retorno à sensatez, livrando-nos dos laços do diabo (2 Tm 24-26). Significa dizer que a melhor coisa a se fazer é reconhecer o nosso pecado e submeter-nos a Deus, entendendo que essa nódoa (seja qual for o pecado) faz parte de nossa vida e precisa ser limpa pelo poder do sangue de Jesus.

Infelizmentepessoas que pensam que esconder o erro e o pecado é a melhor forma de resolver o problema, e ainda por cima crêem que terapia pode transformar desejo pecaminoso em santidade. Entretanto, a Palavra de Deus diz que o pecado não confessado corrói a alma e corpo (Sl 32.2-3) e destrói a alegria de viver, mesmo o que ainda não ocorreu na prática destrói as nossas forças até cedermos à tentação (Gn 4.7). Precisamos nesta hora de angustia nos refugiar em Cristo confessando o que tenazmente nos acedia (Hb 12.1).

Todavia, é bom lembrar que o pecado faz parte de nós, não em essência, porque somos imagem e semelhança de Deus e nEle nãopecado, mas existe como algo que um dia será extirpado, por isso a possibilidade de restauração e libertação do pecado para que possamos viver uma vida de santidade em Cristo. Somente no último Dia o pecado será completamente retirado de nós, na volta de Cristo e ressurreição dos santos, quando estaremos então livres de todo o pecar e seremos como Jesus é. Plenamente perfeitos. Até não existe pecado que não possamos cometer.

Que Deus nos livre dessa armadilha de pensar que os nossos pecados e desejos lascivos são apenas psicológicos e que Ele nos faça compreender que dependemos da sua graça, em Cristo, para sermos santos e livres do pecado e não da nossa própria justiça e legalismo ou mesmo de fazermos terapia.

A Deus seja a Glória!

9 comentários:

  1. Jonhy, concordo em partes com a sua crítica. mas, devido a muitos cristãos estarem despreparados para lidar com o sofrimento humano diagnosticam, erroenamente os sintomas patólogicos, procuram um psicologo que as vezes apontam certos caminhos contrários a vontade de Deus. Num País em que a leviandade é tratada como status, precisamos contruir por meio de nossas convicções e influência um modo de vida que as pessoas vejam, a Jesus Cristo.

    Abração, de seu irmão
    JGdaSilva

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  2. Grego amigão!!!

    talvez eu não tenha sido claro o suficiente no post. Não sou contra a terapia, nem a psicologia,mas o que estou querendo dizer aqui é que elas têm o seu lugar e que quando a terapia substitui a Palavra de Deus na vida do crente isso se torna erro, pois pecado, na Escritura, é substituir Deus e seu ensino por qualquer outra coisa.
    Por exemplo: O pastor Ted está fazendo o mesmo tratamento psicológico que o golfista Tiger Woods que foi flagrado em adultério, este com diversas mulheres. Veja só, um pastor e um homem comum estão sendo tratados psicologicamente da mesma forma por causa de suas vidas "fora do padrão" (observe, não o pecado). Isso demonstra que tanto os crentes quanto os ímpios elegeram a terapia como forma de ajudar os pecadores a mudarem de vida, sendo que somente a Palavra de Deus e Cristo pode transformar o homem, entende?
    Para que possa ilustrar melhor; alguns anos atrás quando fazia seminário Batista tive que ir ao GGB (Grupo Gay da Bahia)entrevistar umas pessoas para a matéria Psicologia, descobri que havia lá um centro de ajuda a pessoas que não tinham certeza se eram homossexuais ou não, cerca de 150 jovens faziam terapia lá para livrar-se da culpa e "sair do armário" ou para seguir como heterossexual.
    Veja que este é um caminho utilizado pelos não crentes, não por aqueles que temem e amam a Deus. Nós temos o poder da fé que opera em nossas vidas e um Deus poderoso para nos ajudar a superar as nossas dificuldades.
    Em fim, penso que, se necessário, o pastor pode utilizar de ajuda especializada para cuidar de algumas pessoas que tenham problemas sérios psicossomáticos.
    Mas só nestes casos em que é extremamente necessário a intervenção de remédios e cuidados especiais.

    Forte abraço.

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  3. Joãozinho meu brother!

    Desculpe-me se estou equivocado, mas percebo que você faz certa dicotomia ao analisar a matéria. Separa a [i]psiquê[/i] das influências do pecado e reduz a solução do problema à confissão daquele. E nem sempre a confissão voluntária resolverá. Em alguns casos, até que posso concordar. Mas quando Jesus disse: "Vá e não peques mais" ele incluiu aí a idéia de que a luta contra aquele tipo de pecado não deixaria de acontecer. Só que naquele tempo, não existiam os terapeutas. Mas se existissem, Jesus condenaria a utilização saudável deste recurso? Penso sinceramente que não.

    Outra coisa que me assusta é parte de tua réplica ao colega que assim diz:

    [i]"O pastor Ted está fazendo o mesmo tratamento psicológico que o golfista Tiger Woods que foi flagrado em adultério, este com diversas mulheres. Veja só, um pastor e um homem comum estão sendo tratados psicologicamente da mesma forma por causa de suas vidas "fora do padrão" (observe, não o pecado)".[/i].

    O Pastor Ted não é um homem comum? E o "fora do padrão" não seria a mesma coisa que dizer em desconformidade com aquilo que moralmente é digno na Escritura? Ou seja, pecado?! Talvez você esteja se prendendo aos limites semânticos. Pra mim, importa que sejam tratados. E, levando a efeito um pensamento dicotômico, que sejam nas duas esferas, claro.

    Veja João; Quando essas pessoas buscam tratamento elas estão reconhecendo sua desconformidade com uma série de normas, as quais, muitas, senão todas, impostas pelas Sagradas Escrituras. O fato de procurarem um terapeuta e não um pastor e a igreja para publicamente confessarem suas faltas, elimina o princípio do "vá e não peques mais"? Você acha que Deus deixa de dar importância ao ato só porque a debilidade não foi confessada publicamente no ambiente religioso? Eu creio que não. Firmemente creio que não.

    O que hoje é um simples problema patológico, se não tratado, pode se transformar num grande malefício. Uma frustração psicológica muito aterradora, pode gerar um séria psicopatia. Anos a fio cultivando o sentimento de impotência, pode produzir um maníaco-depressivo. Abusos sexuais na infância produzem adultos doentes, quer sejam pedófilos, maníacos sexuais, incontinentes dos vários matizes, mulheres frígidas, homens afeminados ou violentos para com os cônjuges ou filhos, enfim... E já vi muitos confessarem seus pecados publicamente, sem conseguir se livrar de suas lutas. Porque o processo de libertação envolve duas etapas: 1) Desejar ser liberto, confessando seus pecados e; 2) lutar contra o assédio futuro do mesmo mal. Não foi nosso Senhor quem nos ordenou vigiar sempre?

    Encerro por aqui, senão varo o dia confabulando sobre o tema.

    Um grande abraço.

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  4. Amigo velho,
    por isso que a minha não é Psicologia...rsrsrs.

    Fui influenciado pela entrevista que vi, na qual a palavra pecado não foi citada momento algum por um pastor que falava de adultério e homossexualismo, por isso "Pastor" entre aspas. E a comparação é que o Pastor Ted estava se tratando com um psicólogo, assim como Tiger um homem comum, entendas-se "homem comum" como "não pastor", ou seja, não precisa falar de pecado. O que eu quis dizer, e acho que não consegui, é que o discurso é mesmo, o do pastor e de um não pastor...ninguém fala de pecado... só do que é moral ou amoral....alguém tem que estar equivocado não acha?

    Na verdade a impressão que tive era que não era um pastor (crente) falando, mas um viciado em algo como qualquer outro, que precisa se livrar do vicio. Para isso deveria tratar-se... de preferência com um psicólogo.

    Essa entrevista foi tão esquisita que alguns dias depois Ted foi ao programa falar somente sobre o homossexualismo como pecado contra Deus. Ou seja, acho que não foi só eu que percebi isso, talvez, tiveram que dar uma outra deixa pra ele falar como devia... ou não.

    Quanto a psicologia sei que sabe que sou Noutético, prefiro orientar os servos do Senhor que precisam de ajuda levando-os a compreender que o temor do Senhor é o princípio da Sabedoria. Fazendo-os observar o que é correto segundo a vontade do Pai revelada em sua Palavra. Dessa forma as pessoas que estão confusas são confrontadas, exortadas, auxiliadas e confortadas sempre que necessário. Isso é feito através de acompanhamento pastoral, dessa forma eles têm o apoio e a força necessária para os momentos de fraqueza e assédio das tentações.
    No entanto como disse ao Grego, se o caso é mais sério encaminho para um especialista... de preferência Psiquiatra.
    É assim que tenho feito.

    Quanto aos casos patológicos que você citou, os convertidos ao Senhor não precisam mais acusar os pais, as amantes, os estupradores e todas as pessoas ao seu redor...elas devem aprender a perdoar e deixar para traz o que os impedia de serem felizes e sadios nos seus sentimentos e vidas em geral. Precisam de acompanhamento pastoral e ensino bíblico até que compreendam e reconheçam os seus pecados e procurem ajuda em Deus e se necessário, se necessário.... nos especialistas.

    E quanto a ter psicólogos na época de Jesus. Faça-me uma garapa com dois quilos de açúcar em um copo de cafezinho... Ele não aceitou os que eram representantes do povo e “conhecedores” da Palavra quem dera os representantes de Sigmund Freud!

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  5. Começo do fim para o início: Quanto ao último parágrafo só tenho a dizer que ele, Jesus, disse: "Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem." (Mt 23.3)

    Portanto, penso eu, modestamente falando, que ele não rejeitou os ensinamentos, mas as práticas que depunham contra a doutrina que pregavam. Não se deveria imitá-los, porque diziam e não faziam. Mas o que dizem é correto em sua essência. E porque os psicólogos não poderiam também dizê-lo? Não foi Paulo quem disse que deveríamos examinar tudo e reter o que é bom? Acaso é só no que se refere à Escritura? Paulo nos estimula à alienação? Pode ficar com a garapa toda pra você; prefiro uma Coca-cola beeeeeeeem geladinha heheheehe. Em tempo: cuidado com o diabetes kkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Eu não sou noutético, mas integracionista. E pelo que percebo é a tua posição também. Ou, no mínimo você é um noutético moderado. Bem diferente das posições de MacArthur e Adams. Eu, penso, entretanto, que a psicologia é serva da Escritura, e que a origem de todo mal ontológico, tem origem na pecaminosidade humana.

    Sobre o penúltimo parágrafo, digo o seguinte através de uma pergunta, retórica: Qual o pecado de alguém que foi estuprado ou Violentado? Aprender a perdoar pode ser mais fácil para quem não foi vítima de tal violência. Sugiro uma reflexão: Você perdoaria facilmente alguém que estuprasse uma filha sua? Faça-me o favor mano... Sai da torre de marfim hehehehehehe

    Um grande abraço mano velho.

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  6. Renato amigo velho,

    “ele [Jesus] não rejeitou os ensinamentos, mas as práticas que depunham contra a doutrina que pregavam....
    ....Não se deveria imitá-los, porque diziam e não faziam.
    ....Mas o que dizem é correto em sua essência...
    ....E porque os psicólogos não poderiam também dizê-lo? Não foi Paulo quem disse que deveríamos examinar tudo e reter o que é bom?
    ...Acaso é só no que se refere à Escritura? Paulo nos estimula à alienação?”

    1 – Se Jesus rejeitou as práticas dos fariseus e mestres da Lei porque elas depunham contra o ensino “correto” deles (ver Mc 7.6-13), como aceitaria Jesus um ensino que não é o da Palavra (psicologia) de pessoas que não seguem a Palavra (descrentes)?

    2- Se eram corretos em essência porque havia então a controvérsia entre Jesus e eles, porque divergiam? (não era somente por causa das práticas, eles não compreenderam)

    3 – Os psicólogos não podem dizê-lo porque eles não têm acordo nem entre eles mesmos, há diversas teorias diferentes que se contradizem. Em muitos estudos ainda está como a Teoria da Evolução, sem provas.

    4 – Verdade, examinei e não encontrei (quase) nada de bom....exceto Abraham Maslow, humanista olhou para o homem como ser inserido em uma sociedade e assim desenvolveu sua metodologia motivacional.

    5 – Essa sua ultima frase é um sofisma... porque existe diversas formas de alienação... por exemplo o hegeliano em que a consciência da pessoa torna-se estranha a si mesma, afastada de sua real natureza; a marxista em que o homem torna-se estranho a si mesmo na medida em que já não controla sua atividade essencial representada pelo trabalho...
    Já eu entendo que alienado é o mundo porque não reconhece a verdade de Deus, que a vê como loucura e tenta tratar o homem “libertando-o” da opressão do ensino Bíblico e aproximando-o mais de si mesmo. Isso é idolatria! O homem está alienado porque está afastado de sua verdadeira natureza e tenta fora da Palavra buscar encontrar-se...tristemente nunca se encontrará fora de Deus, somente em Cristo, sua verdadeira imagem.

    6 – Quer boa psicologia? Indico Sócrates, Platão (especialmente República, Apologia de Sócrates etc.) Aristóteles, Spinoza (especialmente Origem e natureza dos Afetos)...além do supremo saber, a Bíblia Sagrada.

    Por fim,
    Eu não sou integracionista!!!
    Eu envio para o Psiquiatra porque não posso prescrever remédio para os que não dormem, ficam violentos e colocam em risco a vida deles e dos outros ao seu redor.

    No mais meu ultimo post fala o que penso.

    Abraço, e vai te Operar!!!!

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  7. Prefiro garapa à intervenção cirúrgica> Sobretudo depois de ler Spinoza (Baruc?) (risos).

    Abração.

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  8. É esse doido mesmo...apesar de ser cartesiano (Descartes) ele diz coisas muito boas a cerca do ser humano.
    Em fim, é melhor operar de hérnia....rsrsrsrsrs
    Abração.

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  9. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... Antes hérnia que hemorróidas.

    Abração mano véio.

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